ESG deve ser mais que uma sigla para os profissionais de Recursos Humanos das empresas
20 julho, 2022
Eles devem assumir a bandeira da disseminação dos pilares Social, Ambiental e de Governança em suas organizações
São Paulo, maio de 2022 - “Falar sobre ESG é falar sobre a conquista de novos investidores. O tema é relevante para as empresas que são pressionadas a reconhecerem seu papel ativo na sociedade. Por isso, se sua empresa, e você, ainda não adota tais pilares em sua organização, a hora é essa.” A afirmação é da Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP – empresa líder global em soluções de gerenciamento de folha de pagamento e gestão de capital humano – e mostra um cenário cada vez mais presente nas empresas, de todos os perfis e portes.
A consultoria internacional Harris Poll realizou uma pesquisa anônima a pedido do Google Cloud com cerca de 1.500 CEOs e outros líderes C-level em empresas com mais de 500 funcionários em todo o mundo. O objetivo foi mapear o papel destas lideranças na mudança de comprometimento em relação à sustentabilidade dentro de suas organizações.
A imensa maioria dos entrevistados (80%) dariam a suas empresas uma nota maior que a média em sustentabilidade ambiental. E 93% dos executivos ouvidos afirmam estar abertos a relacionar remuneração com metas ESG ou que já fazem algo nessa linha. “É motivante ver tais números. A grande questão é que, no mesmo levantamento, 65% dos líderes disseram não saber como fazer isso. Esta é a questão. Todos parecem saber qual é o caminho correto. Mas nem todos estão dispostos a percorrê-lo. Esta é uma missão, a meu ver, na qual os profissionais de Recursos Humanos das empresas podem contribuir de forma significativa, uma vez que são eles os responsáveis por entender a cultura organizacional como diferencial estratégico do negócio”, analisa Mariane.
Pilar Meio Ambiente (Environmental)
“Trata-se de um tema delicado, pois traz consigo um investimento inicial por parte das empresas, com um retorno no futuro, tanto na forma de imagem da companhia, quanto de dividendos e lucros para seus acionistas e proprietários”, explica Mariane.
Na opinião da vice-presidente de RH para a América Latina da ADP, o líder de RH da empresa deve buscar uma capacitação, para si e para seus diretores, que aponte caminhos para a busca de resultados por meio dessas práticas sustentáveis.
A executiva exemplifica que, em alguns casos, nem sempre adotar práticas deste pilar demandam um investimento elevado ou grandes mudanças, mas que os benefícios podem ir além da questão ambiental.
“Na ADP, por exemplo, criamos um vestiário com banheiro para incentivar os colaboradores a deixar o seu carro em casa e usar a bicicleta no deslocamento até o escritório. Além de mitigar a emissão de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera, garantimos que os funcionários tenham também uma melhor qualidade de vida com a inserção de atividade física em sua rotina semanal”, explica.
Pilar Social
A temática social é das mais importantes, uma vez que aborda temas como a inclusão e a importância da diversidade no ambiente corporativo. “Por que precisamos ter pessoas de raças, credos e pensamentos diferentes na empresa? Embora a pergunta seja complexa, a resposta pode ser simples: para que possamos crescer com as experiências e visões de mundo de cada um. Ou seja, eu, como indivíduo, vou me beneficiar – financeira e culturalmente – do que outra pessoa, que pensa diferente de mim, trará para o dia a dia de onde trabalho”, explica a executiva.
“É por este motivo, inclusive, que na ADP a promoção da diversidade está no Plano de Negócio. Hoje, contamos com uma série de ações e programas para nos ajudar a consolidar de fato esta realidade em todas as áreas da companhia”, complementa.
Pilar Governança (Governance)
“Aqui estamos falando de transparência nas decisões e práticas tomadas pela empresa. O mesmo levantamento da Harris Poll/Google Cloud aponta que 58% dos CEOs mundo afora praticam o chamado Greenwashing, ou seja, fazem propaganda enganosa de seus projetos de sustentabilidade. Traduzindo: falam muito, mas fazem pouco. Esta é uma compreensão equivocada das práticas ESG, que acabará cobrando seu preço em um futuro cada vez mais próximo”, aponta a executiva .
A governança é importante para que as decisões sobre os rumos da empresa não fiquem restritas a uns poucos com informações privilegiadas. Na medida em que um Conselho de Administração é instalado, por exemplo, maiores são as chances de sucesso das organizações.
Para Mariane, o cenário é otimista. “Podemos levar a mudanças profundas e estruturantes nas empresas, de forma a tornar o ambiente corporativo mais inclusivo, transparente e dinâmico. E, ao mesmo tempo, gerando mais resultados para as organizações. Para isso acontecer, é essencial que cada um assuma a sua responsabilidade. Não podemos deixar as decisões e o ritmo delas a cargo apenas dos líderes. A mudança precisa começar na mesa de cada empregado”, analisa.
Sobre a ADP (Nasdaq-ADP)
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