Pesquisa aponta que maioria dos brasileiros estão dispostos a mudar de carreira em nome do sucesso profissional
26 abril, 2022
4 em cada 5 entrevistados pelo ADP Research Institute afirmam que tal migração seria encarada como positiva. É um dos maiores percentuais entre todos os 33 mil trabalhadores ouvidos em 17 países
São Paulo, abril de 2022 – O desejo de empreender nunca esteve tão forte no Brasil. É o que aponta pesquisa realizada pela ADP Research Institute , com cerca de 33 mil trabalhadores, em 17 países. O estudo mostra, por exemplo, que quatro em cada cinco entrevistados (81%) consideraram realizar migração de carreira nos últimos 12 meses.
O sentimento é similar nos outros países latino-americanos ouvidos: 83% no Chile e 79% na Argentina. Tal desejo não encontra paralelo em nenhum dos outros países onde foram realizadas entrevistas: Alemanha, Austrália, Canadá, China, Cingapura, Espanha, EUA, França, Holanda, Índia, Itália, Polônia, Reino Unido e Suíça.
“Mudar de carreira, neste contexto, possui relação direta com a busca por melhor qualidade de vida. Não é somente ganhar mais, mas chegar ao final do dia com o sentimento de satisfação pelas realizações obtidas”, analisa Mariane Guerra, vice-presidente de RH para a América Latina da ADP.
O estudo ‘People at Work 2022: A Global Workforce View’ foi conduzido pela ADP Research Institute e explora as atitudes dos colaboradores em relação ao mundo corporativo e o que eles esperam do local de trabalho no futuro. Foram ouvidos 32.924 trabalhadores entre 1º de novembro e 24 de novembro de 2021.
Saúde mental
O mesmo levantamento, no entanto, mostra que a saúde mental precária está afetando negativamente o trabalho de cerca de metade (51%) dos trabalhadores na América Latina, com a produção mais afetada no Brasil (54%), seguido pelo Chile (49%) e Argentina (38%).
“O burnout e o estresse são fatores de risco importantes. As empresas precisam se atentar a isso, especialmente no Brasil, onde mais de um quarto dos trabalhadores (27%) se sente estressado todos os dias”, reforça a executiva.
Mariane tem razão. Embora a maioria dos trabalhadores diga que se sente apoiada por seus gerentes nesta questão, mais de um terço (34%) dos argentinos, um quarto dos chilenos (27%) e um quinto dos brasileiros (21%) dizem que seu empregador não está fazendo nada proativo para ajudar a promover a saúde mental positiva no trabalho.
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